Material para prova Questão Social e Serviço Social
Trabalho apresentado em sala. Matéria que cairá na prova de hoje
17/06/11.
Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD), realizada em 2007 pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IIBGE), na região Sul 63% dos domicílios particulares permanente Urbanos contam
com saneamento
Especificamente no Paraná, essa porcentagem é de 64
3% -- maior do que Santa Catarina, 60,9%, e Rio Grande do Seu,, 62,, 8%.. Na Região
Metropolitana de Curitiba,, são 80,, 8%..
• No sul do País,, o principal problema relativo à Abastecimento
diz respeito à coleta e tratamento de Esgoto.. Ainda de acordo com a PNAD,, 67,,
6% dos Domicílios presentes na região contam com serviço De rede coletora de esgotamento
sanitário e ou Pluvial (no Paraná,, 67,, 4%).
Nos locais em que há inexistência de redes, o esgoto
vai Para as galerias de águas pluviais e acaba sendo Despejado diretamente nos rios..
Porém, os problemas Também acontecem onde existem redes instaladas. Muitas
vezes, devido a dificuldades econômicas ou Mesmo por ignorância, as pessoas não
ligam suas Residências às mesmas. Ao eleger o esgotamento sanitário como prioridade,
a Sanepar busca levar adiante o desafio a que se impôs. Ou seja, atingir até
2010, o índice de 80% de coleta e tratamento de esgotos nas cidades com mais de
50 mil habitantes e elevar esse índice a 65% naquelas cidades com população entre
5 e 50 mil habitantes Abastecimento - Em relação ao abastecimento de água, o atendimento
- de acordo com informações de 2005 do Serviço Nacional de Informação e
Saneamento (SNIS) do Ministério das Cidades -- é de 100% em toda região Sul. Entretanto,
existe uma preocupação a respeito da qualidade da água distribuída. Ela também
está relacionada à precariedade da coleta e tratamento de esgotos Desde 22 de
fevereiro do ano passado está em vigor à nova Lei de Saneamento (número 11.445/07),
que visa à universalização do acesso aos serviços de saneamento no país. Até o final
deste ano, a expectativa é de que alguns pontos do texto ainda passem por regulamentação.
Entretanto, a nova lei já trouxe modificações importantes aos municípios, que têm
até o final de 2010 para se adaptarem completamente a ela O projeto de criação
da nova lei de saneamento era discutida no Brasil há mais de 20 anos.. Sancionada,,
ela prevê que toda a gama englobada no termo saneamento seja feita de forma
adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente. Ela obriga as cidades a
terem planejamentos municipais e regionais em relação ao saneamento básico, além
de agentes reguladores, fiscalizadores e de controle social
Saneamento é o conjunto de medidas, visando a preservar
ou modificar as condições do ambiente com a finalidade de prevenir doenças e
promover a saúde. Saneamento básico se restringe ao abastecimento de água e disposição
de esgotos, mas há quem inclua o lixo nesta categoria. Outras atividades de
saneamento são: controle de animais e insetos, saneamento de alimentos,
escolas, locais de trabalho e de lazer e habitações Normalmente qualquer
atividade de saneamento tem os seguintes objetivos: controle e prevenção de doenças,
melhoria da qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do
indivíduo e facilitar a atividade econômica. A prestação de serviços de
saneamento básico no Brasil até a década de 60 não se baseava em um modelo institucional
definido, assim como não existiam políticas públicas para orientar o assunto. Coexistiam
organizações públicas municipais e estaduais e concessionárias privadas,
algumas inclusive estrangeiras. O governo federal começou a intervir no assunto
na década de 1940 a partir da criação da Fundação Serviços Especiais de Saúde
Publica e do DNOS – Departamento Nacional de Obras de Saneamento. Com o
crescimento da demanda, principalmente por água potável, a partir dos anos
1950, as crises no setor começaram a se tornar freqüentes, principalmente nos
grandes centros urbanos do país.
• Esta situação só veio a mudar na época do regime militar,
que acabou criando uma Política Nacional de Saneamento.
•O Planasa – Plano Nacional de Saneamento, criado em
1969 apoiava-se no Sistema Financeiro de Saneamento, gerido pelo BNH – Banco
Nacional de Habitação, entidade administradora dos recursos captados pelo FGTS
– Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
O Planasa induzia a transferência da
responsabilidade municipal pelos sistemas de água e esgotos pelos para os estados,
via disponibilização de recursos para financiar a construção dos sistemas.
• Cada estado criava então sua Companhia Estadual de
Saneamento Básico (CESB), que obtinha a concessão dos municípios de seu estado
para neles operar em forma de monopólio.
• O Planasa exigia ainda que cada estado criasse,
com recursos orçamentários próprios, um Fundo de Financiamento para Águas e
Esgotos, responsável por 50% do montante global de recursos. Os 50% restantes
eram complementados através do BNH e por empréstimos externos, do BID e do
Banco Mundial, alem de recursos fiscais da União.
• Os recursos foram expressivos, (cerca de 13
bilhões de dólares, de 1971 a 1991) permitindo o aumento da cobertura nas áreas
urbanas que incorporou aos sistemas de abastecimento de água mais 66 milhões de
habitantes e ao sistema de esgotamento sanitário mais 43 milhões de habitantes Na
década de 90 começam as tentativas de se estabelecer “marco regulatório” do
saneamento.
• No governo FHC foi induzida a participação do
setor privado, para substituir o modelo estatal, cuja capacidade de
investimento ficou muito reduzida por conta do contingenciamento do crédito ao
setor público e restrições ao endividamento do setor estatal.
• A participação do setor privado não se tornou expressiva,
alcançando nos dias de hoje somente 4% da população. No setor dos resíduos
sólidos a situação é diferente. Este setor é, sem dúvida, de responsabilidade
municipal, não tendo problemas regulatórios, e alem disso não é um setor de
capital intensivo, não sendo crítico, portanto o acesso ao crédito de longo
prazo
Falta, entretanto a este setor:
• Legislação indutora de políticas públicas para aumentar
a reciclagem
• Aumentar os níveis de cobertura dos sistemas de coleta
nas zonas pobres
• Desenvolver um programa de destinação final adequado
através da implantação de aterros sanitários
• Buscar incentivos para transformação da fração orgânica
em composto para a agricultura 30 milhões de brasileiros encontra-se privados
de serviço de abastecimento de água e 93 milhões não contam com esgotamento
sanitário (IBGE).
• Estes números são piores que a média latino
americana conforme o relatório Pobreza e Precariedade
Habitacional nas Cidades da América Latina, (CEPAL, 2005),
que apontou que 22% das residências latino americanas não têm abastecimento de
água e aproximadamente 48% não contam com saneamento básico Segundo a mesma
CEPAL, no período compreendido entre os anos de 1996 e 2000, o Brasil aplicou
quantia inferior a 1% (um por cento) do gasto público em habitação e
saneamento. Aterros sanitários representam só 12,6% e os aterros de resíduos
especiais 2,6 É sabido que, no Brasil, as doenças provocadas pela ingestão de
água contaminada lideram as causas de mortalidade e respondem por dois terços
das internações do SUS – Sistema Único de Saúde.
• As conseqüências de todas essas doenças poderiam
ser minimizadas se os sucessivos governos investissem mais em saneamento, pois se
sabe que a cada R$ 1,00 empregado nessa área é possível economizar de R$4,00 a
R$ 5,00 em gastos com saúde pública (OMS - Organização Mundial da Saúde) 56%
dos óbitos de crianças de 0 a 6 anos em 2005 foram causados por água
contaminada • Problemas de enchentes freqüentes nas cidades • Poluição de ar em
muitas áreas urbanas, especialmente em São Paulo Nos anos de 2003, 2004 e 2005
os investimentos somados em saneamento básico com origem no Orçamento Geral da
União e no FGTS foram de pouco mais de 500 milhões anuais em media, o que corresponde
a menos de 0,04 do PIB Existem recursos do FGTS e do BNDES (o PPA 2004/2007
previu 7,2 bilhões e 6,3 bilhões de reais respectivamente)
• Alem disso, existe geração de caixa das empresas de
saneamento (principalmente se desonerados de impostos excessivos) e existem
financiamentos externos disponíveis todos concordam que a infra-estrutura do setor
de saneamento do Brasil apresenta um grande déficit que precisa ser
urgentemente coberto.
• Todos concordam que obra de saneamento tem uma relação
direta com a saúde pública, e que a melhoria na infra-estrutura de saneamento
resulta em expressivas economias no sistema de saúde.
• Todos concordam que um dos grandes problemas ambientais
do Brasil é motivado pela deficiente estrutura da rede de esgotamento sanitário
e da quase inexistente capacidade de tratamento na maior parte das cidades do
pais
• Todos concordam que os investimentos em saneamento
são altamente empregadores de mão de obra brasileira e todos os níveis, desde
os humildes peões de obra até os engenheiros responsáveis pela concepção,
projeto, construção, operação e manutenção das instalações sanitárias.
• Todos concordam que é não só possível como comprovadamente
viável um esforço concentrado para aumentar significativamente a
infra-estrutura do saneamento no país, como vinha acontecendo na época do BNH
Por que misterioso motivo então não se consegue mudar
esta trágica realidade, permanecendo a calamitosa situação atual, tanto do
ponto de vista ambiental como sanitário, com graves e conhecidas
Repercussões nos recursos hídricos?
A universalização do saneamento básico, envolvendo
os sistemas públicos de água e esgotos e de coleta e disposição dos resíduos
sólidos resolvem a maioria dos problemas ambientais, com grandes repercussões
na saúde pública e na geração de trabalho e renda, alem, naturalmente de promover
obras de engenharia e ampliar a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento
do país.
A melhoria da infra-estrutura do saneamento básico depende:
• da vontade política de nossos dirigentes,
• da criação de um novo marco regulatório (conjunto de
leis próprias para o setor),
• do aumento da capacidade de investimento público
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